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quinta-feira, 14 de abril de 2011

4º Capitulo de O Vampiro da Internet

O domingo transcorreu normal e Lali mal podia esperar para contar seu "mico" a uma amiga de trabalho, que era com certeza a sua unica amiga. Elas com certeza iriam dar boas gargalhadas juntas.
Na segunda-feira, ao chegar no trabalho, Lali encontrou um monte de tarefas pendentes que ela já havia esquecido que deixara quando findara o expediente. Caiu de cabeça nas tarefas, esquecendo-se de tudo o mais. Só ao chegar em casa, à noite, é que lembrou que havia esquecido de contar à amiga o episódio do "vampiro da internet". No dia seguinte não escaparia.
Mas, no dia seguinte, foi recebida por essa amiga com uma noticia.

(Euge) Amiga, nós vamos ter que viajar às pressas, por conta de um trabalho extra.

Mal teve tempo de arrumar suas malas e pegar o avião que a empresa já havia deixado agendado, mas não havia comunicado a elas até aquela hora.
Lali e Euge partiram e após estarem devidamente instaladas no hotel, Lali já disse à Euge que tinha uma história para contar, mas essa história só pôde ser contada à noite, quando retornaram ao hotel, já que tiveram que sair para resolver os assuntos que as levaram a fazer essa viagem.
Deitadas nas camas, no quarto duplo que dividia, Lali relatou sua história, mas (não sabia o porquê) não relatou a parte dos seus segredos. Como previsto deram boas gargalhadas, mas Euge não achou tão louco assim.

(Euge) Isso já aconteceu comigo em uma conversa muito estranha numa sala de bate-papo e confesso que havia sentido medo também.

As duas riram mais um pouco e Lali se sentiu mais segura após aquela conversa, chegando à conclusão de que havia sido fantasiosa e que não mais entraria na internet para falar com aquele estranho.
Durante um dos trabalhos naquela cidade onde estavam, Lali e Euge precisaram se deslocar até uma cidade vizinha. A viagem seria de umas quatro horas e elas precisariam acordar de madrugada.
Marcaram com o motorista do carro alugado, para estar na porta do hotel, precisamente às 03:00h da madrugada, pois assim chegariam ao seu destino às 7:00h, como precisavam.
Tudo transcorreu conforme combinado. Passaram o dia nesta cidade vizinha e retornaram à noite, com o mesmo motorista que havia ficado à disposição.
Na volta como haviam acordado muito cedo, Lali notou que Euge já havia caido no sono, no banco de trás. Ela vinha na frente, conversando com o motorista, mas, de repente, não sabendo explicar em qual momento, Lali cochilou. Ou achou que havia cochilado, já que acordou com o seu próprio grito.
Euge acordou assustada, e o motorista quase perde a direção, devido ao susto. Resolveu encostar o carro e os dois questionaram o que havia acontecido.
Lali, meio sem graça, disse que parece ter tido um pesadelo.

(Lali) Tive um pesadelo
(Motorista) Como? Como teve um pesadelo, se a Sra. estava acordada, conversando comigo e de repente deu o maior grito.
(Lali) Eu... Eu... não sei. [gaguejou Lali]. Me pareceu que eu estava dormindo e senti... E senti...
(Euge) Sentiu o que, Lali? [perguntou Euge aflita]
(Lali) Nada, nada não, Euge. Deixa pra lá. Desculpem, vamos embora.

Euge deu de ombros, pois já conhecia a amiga. Sabia que ela só falaria quando chegasse ao hotel. Não falaria nada com um estranho por perto. Mas Euge iria querer saber o que houve, ah, se iria!
Mal desceram do carro, Euge foi atancando:

(Euge) Desembucha minha filha. O que houve?
(Lali) O que, Euge? Do que você está falando?
(Euge) Não se faça de desentendida. Que grito foi aquele? Sentiu o quê? Foi coisa lá daquela história de vampiro, não foi? Eu sabia que isso ia ficar remoendo sua cabeça!
(Lali) Calma, Euge. Foi... Foi... Bem, não sei. Agora que você falou... Bem... Vou lhe contar: eu estava falando com o motorista, mas foi tão real que, como não poderia ser verdade, achei que tinha cochilado.
(Euge) Sim, e daí, o que foi?
(Lali) Eu estava conversando e, de repente, foi como se eu não estivesse ali dentro do carro. Me "vi" em outro lugar. Eu estava de pé e junto de mim, tinha um homem, mas eu não via o rosto dele. Só que era alto, bonito e... e...
(Euge) E...??? E o quê? Quer me matar, mulher? Fala!
(Lali) E me beijou. Senti seus lábios frios tocarem nos meus. Um beijo que já esquecerei, me deu uma sensação de calor pelo corpo todo. Nessa fração de segundo em que eu estava conversando com o motorista, me senti num mundo estranho, num lugar nunca visto e levei o beijo mais ardente que já senti e o mais apaixonado. E olha que só foi um toca de lábios.
(Euge) Puxa, que legal! Quero dizer: que estranho... Ah! Sei lá. E daí? Por que você gritou?
(Lali) Ai é que está o estranho: gritei quando nossos lábios se separaram e eu vi o rosto dele, Parece que o conhecia de outras vidas. De outros tempos. Só que não me lembro mais do rosto dele.
(Euge) E quem era?
(Lali) Não sei! Não lembro!
(Euge) Ah! Está bem. Vamos entrar no hotel? [Euge pensou consigo mesma: Pobrezinha da Lali, está ficando lélé da cuca...]

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