Capitulo XV
Cena I
(Narração Euge)
Estava no quarto do hospital olhando para ele e pensando que talvez eu nunca mais iria ver aquele sorriso lindo! Passava a mão em sua cabeça cuidadosamente. Quando o medico entrou e me disse:
Médico: Menina você precisa sair. Ninguém pode mais vê-lo hoje!
Euge: Por favor, Doutor! Só mais um minuto!
Medico: Não! Nem mais um minuto! Por favor, retire-se!
Sai de lá muito triste. Ele ainda não tinha acordado desde o acidente. Os médicos não falaram nada sobre isso. Mas eu sabia que ele iria acordar, ele já venceu muitas vezes na vida e iria vencer de novo!
Fomos para casa todos super preocupados. Amanha teria aula e fui dormir assim que cheguei, já era de madrugada, porem não podia faltar no dia seguinte, iria ter uma prova muito importante.
Cena II
(Narração Euge)
De manha no colégio...
Todos estávamos para baixo, o que estava tentando animar todos era Rama, porem não adiantava muito.
Rama: Ah gente, qual é? Que caras são essas? Vamos animo!
Lali: Rama, você não percebe que não temos nada para estarmos alegres?
Rama: Aff! Esse não é o fim do mundo! Ele vai melhorar!
Peter: É! Temos que pensar positivo!
Vi Melody passando na minha frente e decidi que agora seria a hora para acertar-me com ela e colocar tudo a limpo, para que a nossa rivalidade acabace! Aproximei-me e nem precisei falar nada.
Melody: Já sei! Veio me falar para que eu saia de perto do Tato, porem agora não adianta mais! Ele já era mesmo!
Euge: QUE? JÁ ERA? PARA DE FALAR BESTEIRAS!
Melody: Só estou falando a verdade! Não se iluda muito, ele não vai voltar!
Euge: AAAA CALA A BOCA SUA RIDICULA! VOCÊ NUNCA GOSTOU DELE DE VERDADE NÉ? SO ESTAVA COM ELE PARA ME PROVOCAR!
Melody: Nada disso! Já disse é só a verdade!
Euge: AFF GIRAFA! ACHAVA QUE VOCÊ PODIA MUDAR, MAS ENGANEI-ME!
Sai super triste e comecei a pensar nas palavras de Melody, e se ele não voltasse mais? E se eu o perdesse para sempre? Eu não ia agüentar!
Cena III
Dois meses haviam se passado. E Tato continuava na mesma, não acordava e nem dava sinais de vida. Eu já estava perdendo as esperanças. Não conseguia mais levantar de manha e saber que o amor da minha vida não estaria ao meu lado. Faltava uma semana para o meu aniversario, Hope estava planejando uma grande festa a um bom tempo, porem do jeito que tudo estava eu não ir querer nem acordar nesse dia.
(Narração Euge)
Já era de tarde, Lali e Rama estavam em minha casa, esperando ansiosos por uma ligação do hospital. Depois de muita espera o telefone tocou, a enfermeira havia nos dado a tão esperada noticia, “Tato havia acordado e já estava bem!”
Fomos correndo para o hospital, estávamos felizes da vida! Chegando lá, todos entraram no quarto para o ver, um de cada vez. E quando chegou a minha vez fiquei super nervosa e feliz ao mesmo tempo! Quando entrei fiquei assustada com o que vi, ele estava pálido com uma aparência de cansado.
Euge: Está melhor?
Tato: Melhor agora!
Euge: Pensei que não ia nunca mais te ver!
Tato: E você se importa com isso?
Euge: Claro que sim! E muito!
Tato: Mas agora já estou melhor!
Euge: Por que você fez aquilo? Por que dirigiu bêbado? Quase acabou com a sua vida!
Tato: Eu não me lembro de nada!
Euge: Isso agora não importa! O importante é que você esta bem e eu não te perdi!
Tato: E eu já te perdi não é?
Euge: Não vamos falar sobre isso!
O médico entra...
Médico: Tato você já esta de alta! Já pode arrumar suas coisas e ir! Lembre-se sem esforços e descanse muito!
Tato: Ok!
Euge: Tato, mas seus pais não estão viajando? Você não pode ficar sozinho!
Tato: Relaxa!
Euge: Não! Relaxa nada! Você vai ficar na minha casa essa semana!
Tato: Para que?
Euge: Vou cuidar de você!
Cena IV
(Narração Lali)
Estávamos todos na casa de Peter, estávamos tão felizes em ver nosso amigo de novo, são e salvo e com muita saúde. Claro, ele ainda estava se recuperando, porem já estava bem!
Neste momento recebi uma ligação daquele mostro, mandando-me voltar para casa, ele parecia bem alterado e eu estava com muito medo. Não podia desobedecê-lo então inventei uma desculpa e fui para casa.
Cheguei a casa e deparei-me com ele bêbado, todo sujo e muito alterado.
Sr. Espósito: ONDE VOCÊ ESTAVA?
Lali: Eu estava na casa do Peter! O Tato acabou de sair do hospital!
Sr. Espósito: E EU COM ISSO? EU NÃO ME IMPORTO!
Ele começou a puxar-me pelo braço fortemente, eu já sabia o que ia acontecer! Ele estava me machucando, estava sendo bruto. Quando vi em sua mão o primeiro objeto que ele viu pela frente, ele começou a me bater, de todos os jeitos, eu tentava sair, porem ele tinha uma força inexplicável!
Depois de esse pesadelo ter acabado e ele ter saído para beber mais. Eu consegui sair de casa e comecei a andar pela rua perto apartamento de Peter. Eu estava acabada. Quando tudo aquilo iria acabar? Eu não tinha mais forças para continuar! Precisava desabafar! Foi quando vi Eugenia apressada passando em minha frente. Abaixei a cabeça para que ela não me visse, mas não adiantou, tentei secar as lagrimas para disfarçar.
Euge: Lali o que foi? Aconteceu alguma coisa?
Lali: Não, não aconteceu nada!
Euge: Eu te conheço, por que estava chorando?
Lali: Euge eu posso confiar em você não é?
Euge: Claro que sim! O que foi?
Abracei-a e comecei a chorar mais ainda.
Euge: Lali me diz.
Lali: Euge é uma coisa muito seria que ninguém mais pode saber muito menos o Peter.
Euge: Eu não vou contar a ninguém!
Lali: Meu pai Euge!
Euge: O que tem seu pai? Ele esta bem?
Lali: Sim!
Euge: ENTAO O QUE? FALA!
Lali: Já faz um bom tempo isso, ele esta me batendo!
Euge: Agora entendi! Por isso os machucados! Amiga não fica assim! ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM! VOCÊ TEM QUE FALAR PARA ALGUEM!
Lali: NÃOO! POR FAVOR, NÃO CONTA NADA! ELE VAI ME BATER MAIS!
Euge: Por enquanto não irei dizer nada. Agora seca esse rosto e vamos pra minha casa!
Estávamos indo para casa de Euge, eu já estava muito mais aliviada, porem ainda com muito medo.
Olhei para minha frente nesse momento, e ele estava lá, pronto para me bater de novo. Ele pegou no meu braço e começou a gritar.
Sr. Espósito: POR QUE VOCÊ NÃO ESTA EM CASA MENINA?
Euge: SOLTA ELA!
Lali: Euge fica fora disso!
Sr. Espósito: RESPONDE! EU MANDEI VOCÊ FICAR EM CASA!
Lali: Mas eu não quis!
Nessa hora vi a mão dele aproximando-se do meu rosto com muita força. Aquele tapa havia doido mais do que tudo em minha vida. Depois disso despenquei, comecei a chorar feito criança. E vi Euge super brava indo em direção a porta da delegacia que tinha na rua onde estávamos. A única coisa que deu tempo de dizer foi “NÃOOO!”
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