Madri, a capital do amor - Capitulo 10

Capitulo X

Cena I

Entrando em casa... Meu mundo parou! Quando enxerguei Tato, seu olhar era um misto de dor e desilusão. Nem preciso dizer que meu coração quebrou em mil partes na hora, né?

Nessa hora tudo ao meu redor virou meros flashs... Não prestava atenção em nada em minha volta... Só no Tato!

Só acordei quando eu ouvi Peter apresentando Luca como MEU NAMORADO! Cara, nessa hora eu parti pra cima dele e comecei a xinga-lo... Ele sem entender nada (novidade seria se ele entendesse) só tentava segurar meus braços, uma coisa que era em vão... Porque a tigresa em mim estava solta!Rs.

Euge: PETER! DÁ PRA VOCÊ PARAR OU TÁ DIFICIL? O LUCA NÃO É MEU NAMORADO E NUNCA MAIS SERÁ! Beleza? E pra sua informação... Eu estou NAMORANDO! –Nessa hora eu fui pro outro lado da sala e peguei na mão do Tato e cruzei nossos dedos. –Com o Tato!

Peter: O QUE?

Rama: Cara você tem problema de audição?

Peter: Ta namorando com o Tato?

Rama: Não é possível, você é surdo?

Euge:Estou sim! Peter para de se meter na minha vida! A vida é minha e eu namoro com quem eu quiser! O Luca passou, já era, foi bom enquanto durou! E Luca não fica triste mais você não pode ficar com uma pessoa que não te ama! Aqui no colégio tem varias garotas lindas e você vai achar uma tenho certeza! Eu gosto do Tato e é com ele que eu vou ficar e você não tem nada a ver com isso!

Rama: Nossa! Que gelo em Luca!

Euge: Cala a boca Rama!

Tato: AGORA VOCÊ ME QUER NÉ?

Peter: Ta vendo sua trouxa? Namora com ele, sua babaca!

Tato: Cala a boca Peter!

Rama: Eba! Outra pessoa além de mim levou um cala a boca!

Lali: Para! Euge e Tato vai se resolver sozinhos! Vem Peter! E você Luca fica ai com o Rama!

Peter: Ta!

Cena II

Fui pro meu quarto com o Tato! Agora seu olhar era um misto de confusão, ódio e dor!

Eu não agüentava mais isso! Eu precisava esclarecer essa história!

Euge: Olha... Não foi culpa mim, ok? Eu NUNCA iria imaginar que meu irmão ia chamar meu ex namorado pra conversar comigo... Sério, eu já amei muito ele... Mas é passado! Eu gosto de você agora... Só de você, me escuta... Acredita em mim! –Nisso, eu já estava chorando! –Por favor... –Tentei beijar Tato nessa hora... Mas ele se afastou! Chorei mais ainda.

Tato: Não dá mais Euge... Desculpas... Eu te amo muito! Mas não podemos ficar juntos... Sempre vão existir imprevistos como esses... Sempre iremos nos magoar, Euge! Acho que pelo menos, por enquanto é melhor assim! Vamos dar um tempo, ok? Acho que por enquanto é o melhor... Sinto muito! –Nisso ele estava se segurando pra não chorar. Ele se aproximou de mim e deu um beijo em minha testa e saiu.

Foi como se eu perdesse o fio que me sustentava em pé... Nessa hora eu desabei no chão e chorei... Fiquei horas desse jeito... Até Lali chegar e me abraçar! Cara, como eu precisava de um abraço...

Lali: Calma Euge... Vai dar tudo certo! Ele só ta de cabeça quente. Quando ele se acalmar, vai voltar! Só dê tempo ao tempo!

Cena III

Semanas haviam se passado desde a última vez que eu viria Tato!

Lali dizia que ele ainda estava confuso... Mas era duro esperar um simples olhar, um simples “oi” ou pelo menos vê-lo de longe... Mas a QUATRO MÊSES isso não acontecia!

Minha vida ficou monótona desde então, era escola e casa, e só!

Lali as vezes me chamava pra sair. Mas nunca aceitava. Não tinha mais vontade nem de acordar!

Cena IV

Na casa de Lali...

Candela: Ai fofo! Você é demais! Super engraçado!

Luca: Ah, que isso gata!

Lali: Candela! Não seja atirada!

Candela: Ah! Que isso fofa! Fala se ele não é uma coisa de louco!

Lali:Pior que é né!

Peter: O que dona Mariana?

Lali:Hahaha! Mentira meu bebe, só tenho olhos pra você e você sabe disso.

Rama: Aff! Vocês são melosos!

Peter: Ta falando assim por que você não tem ninguém!

Rama: La vem vocês com a mesma historia de novo!

Lali: Não liga não Rama! Você vai achar alguém!

Tato: Mais ta demorando né?

Lali: Calma Tato, nem todo mundo é como você! Que acha uma sempre! RS

Melody: Eu não sou qualquer uma não hein!

Lali:Eu falei “ uma” e não “qualquer uma”!

Candela: A gente podia sair na sexta né? Nós sete! Que tal?

Luca: Adorei a idéia!

Lali: É uma boa!

Tato: A noite né?

Peter: Pra que você quer a noite? Pra depois você ir com a Melody pra um lugarzinho é?

Melody: Quem sabe né?

Lali: Rs!

Rama:Tipo a gente vai no cinema, no Mcdonalds!

Tato: Pode ser!

Cena IV

Sexta a noite estava em meu quarto, estava cansada de tudo isso, eu iria viver, me levantei fui para o banheiro e tomei um banho, me arrumei e sai. Andei pelas ruas de Madri e parei no Mcdonalds, meu ideal era procurar um novo amor... Mais não foi assim que aconteceu!

Eu o vi, sim eu o vi, com a tal de Melody, a abraçando e a beijando. Nesse momento me imaginei no lugar dela há quatro meses atrás. Mais o pior de tudo, Rama, Peter, Lali e Luca estavam La presenciando aquilo e rindo da OTÁRIA aqui! E quando eles imaginavam que eu estava naquela depressão toda, eu não me agüentei e fui em direção aquela mesa, e não estava nem ligando para todas as pessoas que estavam La! Fui em frente a mesa deles e comecei a bater palmas, todos olharam espantados.

Peter: O que você esta fazendo aqui Eugenia?

Euge: Não te interessa o que estou fazendo aqui.

Lali: Euge calma!

Euge: Calma Mariana? Como você quer que eu tenha calma? Inclusive você Mariana! Como você pode? Você jurou que eu poderia confiar em você! E Tato, Peter, sem palavras para vocês dois! Tato eu achava que era só um tempo, pelo jeito eu nunca fui nada na sua vida! Só fui mais uma!

Neste momento não queria ouvir ninguém, sai correndo e chorando pelas ruas de minha amada Madri, todas as pessoas ao redor me olhavam, com um olhar de curiosidade e pena misturado.

Eu parei na praça em que eu e Tato demos nosso primeiro beijo. Todas aquelas lembranças pareciam tão distantes agora! Eu me sentia desiludida e traída. O pior de tudo tinha sido ser traída pelo meu próprio irmão... E minha melhor amiga. Não havia sentimento pior do que há dor que eu estava sentindo naquele momento.

Eu não sabia se deveria ir pra casa. Não saberia se conseguiria enfrentar meu irmão e provavelmente Mariana também. Nessas horas eu sentia falta de minha mãe. Só Deus sabe o quanto eu sentia faltas de suas palavras sabias que sempre sabia me orientar nos momentos mais difíceis.

Por um momento eu parei pra pensar o quão vulnerável eu estava parecendo ser. Eu iria levantar e ir pra casa. E iria enfrentar quem quer que fosse.

Uma coisa eu digo, não sou mais a Eugenia de 2 minutos atrás... Aquela hibernou e deu ala a uma nova Eugenia! Eles que me aguardem...

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