29° Capitulo
Sem desgrudar os olhos da tela do micro, Lali observava a sala em que costumava encontrá-lo.
Alguns minutos depois, o site avisava:
"O usuário 'VAMPIRO' acabou de entrar na sala."
Lali sorriu consigo mesma. Até agora, tudo corria como o esperado. A cada passo, ela via suas dúvidas serem dissipadas.
Acompanhou a movimentação da sala de bate-papo, o entra e sai de usuários e leu satisfeita a frase dirigida a ela, que vinha do usuário "Vampiro"
Vampiro diz: Olá, minha querida...
Solitária diz: Olá, Peter. Como está você?
Lali tentava fazer sua pergunta soar o mais casual possível, como se tudo estivesse dentro da maior normalidade.
Vampiro diz: Estou bem.
Peter parecia-lhe um tanto ríspido. Ela fez-se de desentendida.
Solitária diz: Algum problema? Espero que não esteja zangado só porque lhe... "acordei"!!!
Vampiro diz: Nenhum problema. Pelo contrário. Eu mesmo lhe falei que quando precisasse era só chamar, e vejo que já se lembrou como fazê-lo.
Solitária diz: Então, por que parece aborrecido?
Vampiro diz: Não tínhamos um encontro neste site há algumas semanas?
Solitária diz: Ah! É isso? E por que você não me chamou como fez anteriormente? Por que se limitou a usar o micro para tentar me encontrar, uma vez que você mesmo disse-me que era fácil entrar em contato comigo?
Lali decidira deixar de lado o tom inocente inicial e optou por desafiá-lo.
A resposta dele demorou mais do que o habitou para chegar. Lali teve dúvidas se o seu provedor andava mais lento que de costume.
Vampiro diz: Pelo visto, vamos deixar muitas etapas de lado, não? Parece que vamos falar sem rodeios, ou é impressão minha?
Solitária diz: Como você desejar, caro Vampiro...
Vampiro diz: Hum...Está confiante... Segura de si. Muito bom... Muito bom mesmo! Mais rápido do que esperava! Não sabe o quanto isso me deixa aliviado!
Solitária diz: Aliviado? Tem certeza de que a palavra é essa?
Vampiro diz: Sim. Como já lhe disse, preciso de você, e com uma certa urgência. Achei que demoraria mais tempo para lembrar-se e que eu teria que me armar de toda paciência que fosse necessária, mas vejo que me enganei. Fico imensamente feliz e aliviado, sim!
Solitária diz: É chegada a hora de lhe perguntar: por que precisa de mim? Vou finalmente obter uma resposta sem rodeios?
CONTINUA
Autora: Licínia Ramizete
Adaptação: Bruno Cavalcante
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