25º Capitulo
Outros assuntos falavam sobre pessoas que juravam por todos os santos terem sido testemunhas de ficarem frente a frente com extraterrestres e lobisomens. Lali duvidava de vários deles, mas alguns eram bastantes convincentes. Principalmente quando ela se recordava de pessoas, conhecidas suas, de mentes consideradas normais, que também faziam tais afirmações e não vacilavam em nenhum momento ao dizerem isso.
Passou à frente, folheando as páginas impressas e detendo-se em outros assuntos: visões, dèjá vu, premonições, etc.
Quando estava efetuando a pesquisa, Lali encontrou uma infinidade de artigos, contos e relatos sobre esses assuntos. Quase todos afirmavam ser verdadeiros, numa tentativa de convencer os leitores de que suas filosofias e fantasias seriam realidade.
Deteve-se num assunto que achou interessante, que falava sobre dèjá vu. Uma explicação de um professor em línguas, que, ale´m de dar o significado da palavra ("já visto") em francês, explicava que o fenômeno pode ser classificado tanto como uma falha em nossa memória quanto a afirmação de que o verdadeiro sentido da palavra deve-se a algo que, apesar de acharmos que já vimos ou vivemos, sabemos que é materialmente impossível que ela tenha, algum dia, ocorrido.
Mas o artigo que realmente deixou Lali profundamente feliz e respirando aliviada foi um que encontrou numa famosa revista internacionalmente conhecida (e também em vários sites na internet) , tanto pelo fato de essa revista ser grande credibilidade,quanto pelo artigo ter ampla biografia, a testando ser confirmado que o fenômeno era cientificamente pesquisado e corroborado.
Tratava-se de um assunto sobre Visão Remota.
Nele, um ex-agente secreto da C.I.A., chamado Paul H. Smith, desde 1987, trabalhava num programa denominado Center Lane. Era um projeto secreto em que o governo americano dava coordenadas geográficas de um local ou alvo e o agente conseguia geográficas de um local ou alvo e o agente conseguia concentrar-se e "visitá-lo" mentalmente, partilhando suas impressões com os responsáveis.
Durante anos, esse agente colaborou com a C.I.A., relatando suas visões, que foram amplamente aproveitadas em suas investigações, culminando em desbaratar quadrilhas e desarticular inimigos.
Lali leu um trecho do artigo em voz alta:
"De onde vinham essas visões? A teoria mais provável era a de que elas se transmitiam, como sinais de rádio, pelo espectro eletromagnético".
Porém o artigo destacava que não havia fronteiras para elas, visto que chegavam a detectar submarinos a vários metros debaixo d'água. Parecia não haver limites para os "olhos" da Visão Remota. A mente parecia poder vagar à vontade pelo planeta.
Até hoje a ciência não entende esse processo, mas o artigo concluía dizendo que talvez isso se deva ao fato de que nosso entendimento do mundo seja INCOMPLETO.
Quanto a essa última afirmação, Lali não tinha dúvidas...
O agente (ou visor remoto) explicava também que o projeto havia terminado em 1995; àquela altura, ele já havia sido rebatizado de Star Gate e, com isso, deixava de ser confidencial, sendo esse o motivo de ele ter podido contar sua história.
Lali via, diante de si, a possível confirmação da afirmativa feita por Peter de que os humanos podem muito mais do que pensam, e alguns desses "poderes" serem o motivo da cobiça de outros seres, mas a outra explicação era que esses humanos considerados especiais não eram tão humanos assim...
Apesar de curiosa sobre os assuntos que lia e fascinada com as informações coletadas, Lali já estava ficando sem muita paciência para eles. Precisava espairecer um pouco. Há alguns dias, mesmo quando se dirigia ao trabalho, o assunto dela tinha sido um só: o Vampiro da Internet.
Era melhor sair um pouco, conversar com alguém, ou assistir a algum programa bobo na TV. Optou por ir até um restaurante próximo de casa e almoçar, já que, absorta como estava em sua pesquisa, havia se esquecido de prepará-lo.
Na volta, assistiu à televisão e dormiu em frente ao sofá.
Despertou desnorteada, sem se lembrar de onde estava. Olhou as horas e se deu conta de que havia dormido mais do que pensara.
(Lali) Deve ter sido a noite mal-dormida que tive.
De repente, lembrou-se do seu compromisso com Peter. Havia lhe prometido acessar a sala de bate-papo mais cedo, mas num ímpeto, resolveu que não ligaria o computador. Hoje quem daria um "bolo" era ela. Nem ela mesma sabia onde vinha aquela resolução, porém, concluiu que queria estar mais preparada da próxima vez em que falasse com ele.
Depois de tudo o que havia lido dentro das suas pesquisas, precisava agora tirar conclusões.
Muita coisa agora passava a fazer sentido. A conexão sobre quem eram os seres em seus sonhos, sobre o "beijo" que recebera do vampiro, sobre a "visita" que ele supostamente lhe fizera e sobre seus possíveis dons.
Da próxima vez em que fizesse sua particular "Entrevista com o Vampiro", queria estar devidamente embasada. Não queria mais se mostrar tão ingênua e vulnerável.
Afinal, agora, mais do que nunca, tinha fortes suspeitas para achar que estava lidando com lobo em pele de cordeiro...
CONTINUA
BRUNO CAVALCANTE- QUASEE ANJOOS
Um comentário:
lobo em pele de cordeiro rsrsrs. q horas vc normalmente posta nas segundas????
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