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segunda-feira, 18 de julho de 2011

24º Capitulo de "O Vampiro da Internet"

24º Capitulo

Finalmente o cansaço venceu a batalha.
Lali dormiu um sono agitado e acordou pela manhã, como se houvesse dormido numa cama de faquir.
Seu corpo todo doía, mas ela agora não tinha tempo para sentir nada; era dona de uma determinação e nenhuma dor a demoveria de seu intento.
Pulou da cama e, jogando água fria no rosto para despertar melhor, seguiu direto ao computador. Como era domingo, não precisava se preocupar com o horário do trabalho.
Depois de conectar o modem, começou a vasculhar a web à procura de informações que a ajudassem a entender ou a lidar com o que se passava com ela.
Encontrou uma infinidade de artigos ligados a seres fantásticos: bruxas, deuses, vampiros, entidades, demônios, anjos, lobisomens, extraterrestres.
Também tinha inúmeras seitas, tribos, filosofias e religiões. Uma de que já havia ouvido falar e outras de que nunca ouvira nada a respeito: Reiki, Logosofia, Sistinas, Góticos, Rosa Cruz, Wicca, Maçonaria, etc.

A internet estava empanturrada de artigos sobre misticismo.
Se ficasse lá o dia inteiro, não daria conta de tanta informação.
Muitas eram inúteis. Algumas, no entanto, lançavam uma certa luz ao assunto pelo qual ela procurava.
Imprimiu tudo o que pudesse servir de ajuda para suas pesquisas.
Iria junta todo esse novo material ao antigo que reunira antes.
Acreditava que, assim, poderia encontrar uma explicação racional para aquilo tudo.
No período que ficou pesquisando até seu estômago urrar por um pouco de alimento, Lali pôde respirar aliviada, afinal, aquela história toda parecia ter um íntimo de credibilidade.
Como encontrara alguns artigos que continham explicações que faziam sentido para ela, e até alguns resultados de pesquisas científicas sobre o assunto, não se julgava mais uma insana.

Selecionou artigos dos mais variados assuntos. Aquela miscelânea tinha que fazer algum sentido!
Primeiro reuniu tudo o que possuía da pesquisa anterior ao que encontrara agora, e seguiu lendo o assunto principal: vampiros.
Pôs de lado o que já havia visto: suposições sobre quem eram, o que faziam, como viviam, etc.
Parou para ler com mais atenção um artigo que achou interessante.

Um que sugeria que os vampiros se originavam de uma civilização muito antiga. Nele, era relatada uma história de que o primeiro vampiro que surgiu na face da Terra foi originado de um dos demônios que vagavam por ela sem destino e que havia conseguido finalmente se apossar do corpo de um ser humano através do sangue derramado deste, porém, o único meio de manter esse corpo vivo era administrando sangue cada vez mais. Daí surgira um misto de ser humano com outro ser poderoso e mesquinho, capaz de coisas que, na época em que supostamente havia acontecido, seriam consideradas atos de um deus.

Em seguida, o artigo sugeria que deste primeiro demônio-vampiro foram "criados" outro a partir do sangue deste, por nele estarem contidas toda a essência e a energia vital do primeiro ser.
As palavras que chamaram a atenção de Lali nesse artigo, além de vampiro e sangue, foram "essência" e "energia vital".
Era difícil de acreditar numa história tão fantástica, mas alguma coisa nela parecia fazer sentido. Afinal, não seria a primeira a acreditar que demônios existiam e que deveriam ser capazes de coisas que não entendemos.

Não era agradável a idéia de imaginar que seu "amigo vampiro" fosse um demônio, mas foi a explicação que mais fez sentido para ela. 
Esse pensamento realmente havia lhe ocorrido no primeiro contato que teve com ele (em que sua intuição lhe dava gritos de alerta e ela havia chegado a afirmar a ele que sabia quem ele era), mas depois lhe parece tão fantástico que resolvera esquecer a idéia. Mas agora...
Lembrou-se do que o Vampiro da Internet havia lhe dito, numa das conversas: que eles haviam evoluído a tal ponto, que não mais precisavam ficar restritos à escuridão da noite e que se disfarçavam tão bem, que passaram a viver confundidos com seres humanos.
Sobre isso, Lali também encontrou outros artigos na web. Leu um que confirmava a suposição de Peter e que ainda acrescentava que a única forma de descobrir esses seres dentre eles era observando seus olhos e a sua fisionomia, que aparecia mudar constantemente. 

Segundo o artigo, isso se dava porque, como, supostamente, eles estavam "habitando" um corpo que não era o deles, eles praticamente eram obrigados a recompô-los todos os dias. Para um ser humano que tivesse um convívio mais extenso com algum deles, bastava comparar fotos antigas com atuais. Apesar de a essência ser a mesma, a fisionomia tinha mudanças radicais, mesmo numa foto mais recente com uma mais nova. Em alguns momentos, eles não disfarçavam muito bem e era comum passarem despercebidos, até  por alguém que convivesse com eles todos os dias.
Lali achou essa afirmação esquisita e macabra...

CONTINUA

QUASEE ANJOOS

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