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segunda-feira, 4 de julho de 2011

22º Capitulo de "O Vampiro da Internet"

22º Capitulo


Aquilo já estava virando rotina! Acordar com o coração querendo saltar da boca e com o corpo ensopado de suor estava se transformando em coisa corriqueira!
Lali estava sentada na cama, com a mão sobre o peito, como se esse gesto pudesse acalmar o coração que teimava em querer saltar para fora dele.

(Lali) Esse sonho de novo? Só que dessa vez foi mais extenso, muito mais... REAL! Quem eram aquelas criaturas que vi? Não se pareciam com nada que eu tenho visto antes! Nem em filme eu vi nada parecido...

Lembrou-se dos filmes de ficção em que apareciam extraterrestres. Nenhum deles se assemelhava ao que ela vira em seu sonho... Nos filmes, os E.T.'s fatalmente eram parecidos com humanos ou tinham formas humanóides. Mesmo os mais horrendos ou os que eram inspirados em insetos gigantes tinha olhos (mesmo que enormes ou sem eles), possuíam boca, ouvido, braços ou pernas. Por mais que fossem de outro planeta, a inspiração era sempre humana ou de algum animal ou bicho que o homem conhecia.

Mas esse não. Essas formas que Lali havia visto não tinham nada disso. Na realidade, agora que pensava com mais calma, era como se eles fossem de energia pura! Não possuíam nada que Lali pudesse associar a humanos, Eles não falavam, mas se faziam entender. Não tinham braços, pernas, cabeça, corpo ou formato de um corpo ou formato de um corpo, mas suas partículas de luz, seus pontículos, que lembravam um bolo de poeira aquosa, denunciavam uma presença extraordinária. Uma fonte de energia que irradiava beleza, força e poder!

Quanto mais Lali pensava nisso, mas sua resistência e limitação humana faziam com que ela negasse tudo o que vira. Não encontrava explicação para dizer como podia distinguir formas masculinas ou femininas se eles não possuíam forma. Não achava explicação para justificar como eles podiam se comunicar e muito menos como ela podia entendê-los.
Quanto mais pensava, mas a certeza de que tinha sido real se esvaía como água descendo pelo ralo.

(Lali) Tinha sido um sonho... Um sonho fantasticamente real, mas... um sonho!

Riu de si mesma, sacudindo a cabeça, por ter, por um momento, chegado a imaginar que tudo tinha sido real.

(Lali) Como fui boba! Um sonho... um lindo sonho!

A lembrança da primeira parte do sonho (aquela de antes das "pessoas" aparecerem) trouxe-lhe uma paz inexplicável! Lentamente, sentiu seu coração voltando ao ritmo normal e deitou-se devagar de volta à cama.
Suspirou profundamente ao recordar do "vôo" noturno, do ar frio da noite passando através dela, enquanto flutuava lá no alto do passeio acima dos edifícios, podendo observar, sem ser observada, podendo voar...

Recordou-se das luzes da cidade vista do alto, piscando, pequenininhas, como se ela estivesse num avião que se aproximava do pouso.
Relembrou-se do mar... Lindo, escuro, majestoso, na sua profundidade e imensidão, refletindo as luzes da cidade e da lua.
Lali estava convencida de que, nem em um milhão de anos, esqueceria aquele sonho!
Era muito bom pensar nesse sonho como um simples sonho. Como um sonho lindo, esquecendo-se da parte em que vira aqueles seres.

(Lali) Por que teimo em ficar lembrando disso? Não seria mais fácil esquecer a parte desagradável do sonho? A parte que exigia explicações?

Sim, explicações, porque por mais que ela tentasse mentir para si mesma, aquilo tudo era muito esquisito para ter sido somente um sonho. Não era possível um sonho tão rico em detalhes, além de ter "presenciado" formas que nunca tinha sequer imaginado nem em sonho!
Por mais que negasse, aquelas formas, aqueles seres, aquelas "coisas" não saíam da sua cabeça.

(Lali) Como eram belos! Aqueles tons de cores, faiscando como um arco-íris cintilante, aquelas 'purpurinas vivas' que flutuavam no ar, dando um brilho todo especial ao espaço em que se encontravam, não podiam ter sido um mero sonho...

Agora, o lado Lali, que queria acreditar, manifestava-se.

(Lali) Quem era eles? O que eram eles? O que faziam ali? E ela própria? Por que tinha a mesma formas que eles? Seriam 'iguais'? Se eram iguais, por que eles não a viam?

Milhares de perguntas surgiam em sua cabeça e não encontrava explicação para nenhum delas.

CONTINUA

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