18º Capitulo
Perguntou-lhe Lali, por pressentir um adeus em suas palavras.
Vampiro diz: Você não está cansada? Já olhou para o relógio, na cabeceira da sua cama?
Lalii estremeceu com a afirmação.
Ainda não se acostumara com aquelas observações dele, falando sobre algo como se estivesse do lado dela.
(Lali) Como ele podia saber que tinha um relógio na cabeceira da minha cama? Ele não disse que não podia ver as coisas ao redor?
Lali não pôde deixar de se questionar.
Solitária diz: É... Agora que mencionou, estou muito cansada mesmo.
Suas costas doíam e seu corpo todo reclamava pelo aconchego da cama.
Vampiro diz: Então vamos deixar essa conversa para outro dia. Quem sabe amanhã?
Solitária diz: Ok. Entrarei mais cedo, já que é amanhã é domingo. Às 18 horas está bom?
Vampiro diz: Sim. E... se eu não estiver lá, quando você entrar... Já sabe como me chamar... Um beijo doce amiga... "daqueles", lembra-se? (risos, risos, risos...)
Solitária diz: Até Amanhã...
Lali pensou em digitar mais algumas palavras, mas ficou absorta nas palavras dele. E enquanto fazia isso, leu, logo abaixo de seu nick, a mensagem do site de bate-papo anunciar que O USUÁRIO VAMPIRO SAIU DA SALA.
Levantou-se da cadeira depois de desligar o computador. Agora sentia cada vez mais o seu corpo gritando por um descanso. Não foi somente o tempo que ficou diante da máquina que deixou seu corpo todo mastigado, mas principalmente a tensão que toda aquela história fantástica lhe causava.
Seus olhos estavam pesados e sua cabeça doía. A impressão que tinha era de que haviam depositado um mundo inteiro em cima dela. Acreditava que aquele peso todo que sentia provinha do acúmulo de informações que rodopiavam dentro da sua cabeça.
Foi até a cozinha para comer alguma coisa antes de dormir, mas só conseguiu tomar uns goles de água. O sanduíche, trouxe-lhe uma sensação de bem estar.
Continuava fazendo tudo mecanicamente. Seus pensamentos estavam longe da cozinha, do sanduíche e de tudo o mais.
Pensava naquela conversa toda que tivera há poucos instantes.
(Lali) "Que loucura"! Não sei mais o que pensar e nem em que acreditar.
Chegou novamente à conclusão de que, se havia se metido nessa história toda, só tinha duas alternativas: ou pulava fora e esquecia tudo de uma vez ou encarava de frente, aceitando as novas idéias, por mais insanas que lhe parecessem.
Aquela teoria anterior, de que poderia conciliar as duas coisas, agora lhe parecia impossível, diante das novidades que apareceram.
Na realidade, depois de ponderar um pouco, as coisas não lhe pareciam assim tão absurdas. Afinal, o que lhe acontecera não foi praticamente reviver fatos que ocorreram de verdade?
Como Lali era dona de um raciocínio lógico tratou logo de organizar a conversa dentro da sua cabeça, como se fizesse um exercício escolar. Sentada no sofá da sala, selecionou palavras, sugestões, fatos e ideias com os quais achou que deveria preocupar no momento.
Conseguiu chegar a essa conclusão: a idéia apresentada sobre a capacidade humana não era de todo irreal. Se deixasse de lado a parte em que ele sugeria que bastava querer para acontecer, o contexto geral da idéia não era assim tão ilógico.
Não conseguia concordar com a ideia de "querer é poder" que ele lhe apresentava.
(Lali) Se fosse assim, todos já haveriam acertado na loteria! Por outro lado, ele insiste em dizer que são os próprios humanos que bloqueiam essa vontade, por não acreditarem em si mesmos... Bem, eu só terei uma conclusão se eu fizer o que me propus a fazer em principio: vou pesquisar o que as pessoas acham disso usando a Internet, as conversas pessoais, os livros, revistas, etc. e verificar o que elas têm a informar sobre essa questão.
Quanto às outras ideias que ele apresentou, Lali tinha que concordar com ele, já que relembrara de fatos tão nítidos da sua infância, adolescência e até de atualmente. Em relação a essas idéias e lembranças, preferia manter segredo até conversar mais com alguém sobre o assunto em que ela se sentia tão insegura e vulnerável.
Com o coração mais calmo e as idéias mais assentadas numa parte confiável do seu cérebro, Lali dirigiu-se ao quarto para dormir.
CONTINUA
segunda-feira, 6 de junho de 2011
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