VAMPIRO acabou de entrar na sala.
(Lali) Hein? Será ele mesmo, ou estou sonhando? [disse Lali, piscando os olhos repetidas vezes]
Lali sentou-se na cadeira, ainda enrolada no lençol, e agora completamente desperta.
Digitou seu nick, SOLITÁRIA, e entrou na sala:
Imediatamente o nick VAMPIRO entrou em contato, como se estivesse só esperando a sua entrada.
Vampiro diz: Olá, doce "mortal"! Te Acordei?
Lali notou que suas mãos tremiam ao digitar. Era ele mesmo!
Seu coração parecia que queria saltar do peito. Fora pega de surpresa, num momento em que não se sentia preparada para um embate. Era tarde e a noite sempre a deixava temerosa. Naquele momento, sentia-se mais desprotegida ainda. Ocorreu-lhe um pensamento infantil: "Bem que a Euge poderia estar aqui ao lado para ver que eu não estou ficando louca".
Pensou uma, duas frases para digitar, mas seus dedos só tremiam e não conseguia uma frase de efeito e coerente. Por fim, respirou fundo e digitou:
Solitária diz: Por que continua a me importunar? Que prazer sente em me deixar confusa e irritada?
Vampiro diz: Calma querida... Uma pergunta de cada vez... Dei-lhe bastante tempo para refletir, para, de uma vez por todas, acreditar em si própria e em seus instintos, mas vejo que o seu lado mortal está muito forte. É uma pena ver que não adiantou muita coisa tentar fazê-la lembrar... Ah! E te chamo de mortal entre aspas porque não é essa a palavra que lhe cabe. Se aceitar minha ajuda, irá descobrir essa resposta e muitas mais...
Solitária diz: E o que você ganha com isso? Desde quando existe vampiro bonzinho, querendo ajudar os outros, sem pedir nada em troca?
Vampiro diz: Haja por instinto... Deixe que as informações cheguem até você, sem tentar bloqueá-las e sem colocar velhos conceitos e informações errôneas em cima delas. E quem foi que lhe disse que não quero nada em troca?
Solitária diz: E o que EU ganho com isso? Por que não posso ficar quieta em meu canto, como venho fazendo há anos? Pra que eu quero essa confusão toda em minha vida?
Vampiro diz: Tem certeza de que quer continuar sua vidinha medíocre, menina? Tem certeza de que quer continuar sem saber suas origens, seus dons, sua missão?
Solitária diz: Do que você está falando? Quanta baboseira é essa?
Vampiro diz: É preciso ter uma boa dose de paciência com você, e vou lhe confessar que não é o meu forte. Vamos parar de jogo de gato e rato? Quer ou não quer minha ajuda?
Solitária diz: Não posso aceitar ajuda de estranho, principalmente de um estranho tão estranho.
Vampiro diz: Que bom que não perdeu o senso de humor... Pense, minha cara: o que lhe trouxeram todas as pessoas que conheceu até hoje? Continua solitária, deprimida, buscando um sentido para a vida. Por que não ousar e aceitar a ajuda de um estranho?
Lali sentiu-se desarmada, atingida num ponto vulnerável.
Solitária diz: É que... que... Não sei do que você é capaz! Não estou conseguindo encontrar explicações para o que você é, tenho até vergonha de dizer isso, pois posso estar pagando o maior "micão"! Não tenho explicações para o que você vem fazendo, se é que é você mesmo que está fazendo... Não tenho explicações e não gosto de não tê-las. Sinto-me vulnerável, e dizer isso a você pode ser minha derrota, mas não sei ser hipócrita. Como posso saber se posso confiar em você?
Vampiro diz: Eu sei dos seus medos e dúvidas, muito mais do que você imagina, e o que posso lhe dizer no momento é que você não tem escolha. Se aceitar tirar suas dúvidas comigo, terá que aprender a confiar em mim. E você não é tão vulnerável quanto pensa. E então? O que me diz?
Solitária diz: Responda-me primeiro: aquela história do beijo foi você mesmo? Como fez isso?
Vampiro diz: Se eu lhe contar tudo, promete aceitar minha ajuda?
Solitária diz: E o que quer em troca?
Vampiro diz: Sua ajuda, Lali. Preciso da sua ajuda...
CONTINUA
terça-feira, 19 de abril de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário